Deus serve-se das criaturas humildes e benfeitoras para,
através da terapêutica exótica do benzimento, do exorcismo, do passe ou da
simpatia, auxiliar os encarnados a expurgar de sua intimidade os miasmas e as
toxinas perispirituais geradas pelo pecado. Os benzedores ou passistas
desempenham a função de verdadeiros desintegradores vivos, cujas mãos, em ritmo
e movimentos adequados, projetam a energia terapêutica sobre os núcleos dos
átomos etereoastralinos, destruindo a virulência do atomismo físico.
O homem, em verdade, é uma usina viva que pode exercer
função terapêutica em si mesmo ou no próximo, conforme as expressões da sua
própria vontade, conhecimento e treino. Então, ele produz estados vibratórios
semelhantes às ondulações dos modernos aparelhos de radioterapia ou
eletroterapia da vossa ciência médica, que projetam raios de ultra-som,
infravermelho ou ultravioleta. A mente ajusta e controla o comprimento de
ondas, enquanto o coração age como fonte de energia curadora, cujo potencial é
tão intenso quanto seja o grau amoroso e a pureza espiritual do seu doador.
Assim, a aura fluídica do eczema, do cobreiro, da impingem
ou do quebranto desintegra-se sob o bombardeio da carga viva do magnetismo
hiperdinamizado pelo passista ou benzedor. E os fluidos nocivos da infecção,
desintegrando-se, retomam à fonte do astral inferior. No entanto, mesmo depois
de curado pelo benzimento ou pelos passes, o paciente só evitará as recidivas
caso também serene a sua mente e adoce o coração endurecido.
Quando os passistas, benzedores ou médiuns são criaturas
abnegadas e desprendidas de quaisquer interesses mercenários, eles têm a
assistência dos bons espíritos, que os ajudam a obter êxito na sua tarefa
socorrista aos enfermos do corpo e da alma.
Ramatís - do livro MEDIUNIDADE DE CURA
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